Chevrolet Camaro pode regressar: GM pondera renascimento
Num panorama automóvel americano onde quase todos os novos modelos são SUVs, sopra finalmente uma lufada de ar fresco. A General Motors estará a estudar o regresso do Chevrolet Camaro, um nome que há quase sessenta anos é sinónimo de velocidade e músculo made in USA.
Segundo o GM Authority, a General Motors está a desenvolver vários novos automóveis de passageiros numa tentativa de diversificar a sua gama, atualmente dominada por SUVs e elétricos. Entre estes projetos destaca-se a próxima geração do Cadillac CT5, mas o verdadeiro trunfo poderá ser o tão aguardado regresso do Camaro.
Fontes internas revelaram ao GM Authority que todos os futuros modelos vão assentar na plataforma de tração traseira Alpha 2-2, uma evolução da arquitetura que já serviu de base ao Cadillac CT5 e ao Camaro de sexta geração. Esta estratégia permite à GM poupar nos custos de desenvolvimento e lançar diferentes modelos com uma base técnica comum.
De acordo com o TorqueCafe e o CarExpert, a GM está a ponderar várias carroçarias para o novo Camaro, desde o tradicional coupé de duas portas até a uma berlina desportiva de quatro portas, claramente apontada ao Dodge Charger. Um descapotável também não está fora de hipótese.
Este movimento revela um renovado interesse da GM num segmento que tem vindo a definhar. A Ford estará a trabalhar num Mustang de quatro portas e, se o Camaro seguir o mesmo caminho, poderemos assistir ao nascimento de uma nova categoria: a das "muscle saloons".
A Hagerty descreve a plataforma Alpha 2-2 como um renascimento das bases de tração traseira, preparada tanto para motores de combustão como para grupos motopropulsores eletrificados. Tendo em conta o forte investimento da GM na tecnologia de baterias Ultium, um Camaro elétrico é perfeitamente plausível. Ainda assim, fontes internas garantem que o projeto arrancará com uma versão a gasolina, para manter o ADN tradicional do modelo.
Se a GM avançar mesmo com o regresso do Camaro, será um golpe de teatro num mercado onde berlinas e coupés desportivos quase desapareceram. A Road & Track sublinha que esta decisão pode ser uma tentativa calculada de voltar a cativar os condutores que veem o automóvel não como mero eletrodoméstico, mas como paixão em forma de metal.
Uma coisa é certa: a GM não pode simplesmente ressuscitar um ícone dos anos 60 e esperar que resulte. O novo Camaro terá de fundir o músculo clássico com a tecnologia moderna. Talvez seja essa a receita para devolver a lenda à estrada.