






























Novo Jeep Cherokee: maior, mais caro e agora híbrido
O Jeep Cherokee, ícone americano, chega à sexta geração com um visual renovado, dimensões ampliadas e motorização híbrida. O modelo promete mais espaço, tecnologia de ponta e desempenho off-road aprimorado. A grande dúvida é se o público aceitará o novo preço inicial de US$ 36.995 em um mercado repleto de opções.
O Cherokee cresceu em todos os sentidos. Mede 4.778 mm de comprimento, 2.123 mm de largura e 1.715 mm de altura, superando o antecessor em todas as dimensões. O entre-eixos aumentou para 2.870 mm, um ganho de 163 mm, e o porta-malas ficou quase um terço maior, variando de 952 a 1.934 litros. As rodas vão de 17 a 20 polegadas, enquanto a Jeep destaca os melhores ângulos off-road da categoria: 19,6 graus de ataque, 29,4 de saída e 203 mm de vão livre. A futura versão Trailhawk deve elevar ainda mais esses números.
Por dentro, o Cherokee aposta em um ambiente moderno e tecnológico. O motorista encontra uma central multimídia Uconnect 5 de 12,3 polegadas, painel digital de 10,25 polegadas e volante de base reta com apelo esportivo. Em nome da sustentabilidade, a Jeep eliminou o couro, adotando materiais reciclados no teto, carpetes e alguns acabamentos. O conforto segue em alto nível, com bancos aquecidos e ventilados, retrovisor interno digital, teto panorâmico e sistema de som Alpine.
A principal novidade está no conjunto mecânico. O SUV traz motor 1.6 turbo a gasolina aliado a dois motores elétricos, entregando 213 cv e 312 Nm de torque. O resultado é uma aceleração de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e consumo declarado de 6,3 L/100 km. A tração integral é de série, com eixo traseiro desconectável para maior eficiência. No entanto, a bateria de apenas 1,08 kWh não permite rodar no modo 100% elétrico, o que pode gerar críticas em 2025.
A produção será na fábrica de Toluca, no México, com vendas nos EUA previstas para o fim de 2025 nas versões Limited e Overland. As opções mais acessíveis, como as versões de entrada e Laredo, só chegam em 2026.
O Cherokee está maior, mais sofisticado e tecnológico do que nunca. Porém, enquanto concorrentes já oferecem híbridos plug-in e elétricos com autonomia real, a escolha da Jeep de não avançar nesse sentido pode ser arriscada. Resta saber se os americanos aceitarão pagar quase US$ 37 mil por um SUV híbrido que ainda depende quase totalmente da gasolina.