






Honda Type R se despede: o capítulo final na Europa
O comunicado da Honda relembra a família de modelos que carregou seu DNA de desempenho ao longo das gerações. Embora a história tenha começado no Japão com um superesportivo de motor central, foi em 1997 que a Europa conheceu de verdade a lenda, com o Integra DC2. Depois veio o Accord Type R, seguido pelo modelo que alcançaria status de culto mundial: o Civic Type R.
O Civic elevou a reputação da Honda ao auge, oferecendo por décadas a combinação envolvente de motores aspirados de alta rotação, câmbios manuais e suspensões ajustadas para as pistas. A linhagem é um verdadeiro registro para entusiastas: o EP3 fabricado em Swindon, os FD2 e FN2 divididos por mercados, o primeiro turbo FK2, o FK8 que bateu recorde em Nürburgring e, por fim, o FL5, promovido como "o Civic mais rápido e viciante de todos os tempos".
Os números, porém, são implacáveis. Na Europa, 70 mil compradores levaram um Type R para casa, mas em 2026 a linha chega ao fim. O emblema vermelho não brilhará mais nas estradas europeias.
O discurso oficial da Honda destaca as conquistas: recordes de volta em Nürburgring, títulos no WTCC e TCR, inúmeras vitórias no turismo e até participações em rali. A verdade, no entanto, é mais essencial: o Type R garantiu seu lugar na história do automobilismo graças ao próprio nome, que transformou um hatch familiar em uma máquina digna de circuito.
Se o FL5 for realmente o último Type R europeu, a despedida é, ao menos, à altura. Com 330 cavalos, câmbio manual e um recorde em Nürburgring, a Honda encerra a trajetória como começou: convicta de que um volante deve despertar emoção, não apenas entregar velocidade.