Demolição em Krasnogorsk destrói 140 carros
Uma demolição no antigo complexo de esqui Snezhkom, em Krasnogorsk, correu muito mal: a queda de uma das secções da torre lançou destroços e metal muito além do previsto, atingindo pelo menos 140 carros e provocando danos avaliados em cerca de cem milhões de rublos, ou seja, 1,05 milhões de euros.
As primeiras estimativas apontam para pelo menos 140 carros atingidos, todos estacionados demasiado perto da zona de obras. As autoridades falam em prejuízos na ordem dos cem milhões de rublos, o equivalente a cerca de 1,05 milhões de euros. Um valor que faz qualquer automobilista franzir o sobrolho, sobretudo se o seguro não cobria danos ou se o azar ditou que o carro estivesse no sítio errado à hora errada.
Um fragmento da coluna caiu na área de construção, mas a explosão de estilhaços espalhou-se por centenas de metros. Vidros partidos, tejadilhos amolgados, portas que só abriram com a ajuda de um macaco. Três pessoas ficaram feridas depois de entrarem inadvertidamente na zona crítica segundos antes do desastre.
Os trabalhadores estavam no local na manhã de terça-feira quando parte da coluna cedeu sem aviso. A torre manteve-se de pé, mas os destroços e a terra solta transformaram o incidente num caos generalizado em poucos segundos. Não havia qualquer sistema de alerta eficaz e os carros no parque aberto ali ao lado não tiveram hipótese de escapar. A zona de obras estava longe de ser vedada ou controlada: era um terreno semiaberto onde o trabalho decorria com uma descontração perigosa.
O declínio de uma pista de esqui outrora grandiosa
O Snezhkom foi um enorme centro de esqui coberto nos arredores de Moscovo, o primeiro do género na Rússia e, durante anos, o único sítio onde se podia esquiar em neve verdadeira no pico do verão. A pista de 365 metros mantinha-se sempre abaixo de zero, a neve era produzida no local e o complexo incluía desde parque de snowboard a restaurantes e saunas.
O projeto abriu em 2008 e seguiu o guião habitual: construiu-se algo impressionante para mostrar que era possível e para ofuscar a concorrência, mas tudo descambou quando o promotor faliu. Após anos de dificuldades, o centro foi definhando e, entre 2022 e 2023, a pista foi totalmente removida. Agora, as últimas colunas têm o mesmo destino, embora de forma bem menos controlada do que se esperava.